Existem critérios para a escolha do sucessor?
- Armando Lourenzo
- 11 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Uma grande dificuldade com a qual o fundador se defronta é a escolha de quem será o futuro comandante, o seu sucessor.
Diversos são os motivos para esse problema, levando assim os fundadores a evitarem pensar no problema da sucessão.
As dificuldades partem de vários pontos: como os herdeiros não estarem interessados na função ou mesmo a existência de uma disputa entre eles. Muitas forças atuam contra a escolha do sucessor: o fundador que resiste em se afastar, a esposa que se preocupa com uma possÃvel divisão da famÃlia e os herdeiros que muitas vezes não querem demostrar vontade pelo cargo.
Algumas sugestões podem ser apresentadas visando a facilitação do processo como um todo:
Deve ser feito um perfil apropriado do dirigente para os próximos dez anos;
Não deve ser escolhido apenas um sucessor, pois este pode não assumir;
Os sucessores devem realizar atividades em equipe para assim se conhecerem no trabalho conjunto;
As pessoas de fora podem ajudar a escolher o sucessor ao fornecerem uma outra perspectiva;
Os candidatos devem ser treinados de forma objetiva, passando a eles um projeto para a criação de um produto real;
A famÃlia deve ser informada de tudo e participar de tal forma que forneça contribuições.
A fase da escolha do sucessor é provavelmente a mais difÃcil no processo, sobretudo quando a quantidade de sucessores potenciais é grande.
Portanto, a seleção deve estar ligada ao planejamento estratégico da firma. A partir dos objetivos, estratégias e metas estabelecidas, somados às qualificações desejadas para o futuro dirigente, pode-se escolher o sucessor sem a interferência de aspectos emocionais e com a possibilidade da lapidação do escolhido nos âmbitos de desenvolvimento e treinamento pessoal.
Além do critério do perfil estar adequado a visão estratégica um ponto importante relaciona-se as habilidades comportamentais para que a implementação das estratégias seja realizada e se tenha relacionamentos favoráveis com todas pessoas envolvidas com a empresa familiar como clientes, familiares, sócios, colaboradores etc.
Armando Lourenzo é Doutor em Administração e Mestre em Recursos Humanos pela FEA/USP. Professor, Escritor e Palestrante.