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O Desafio do Planejamento da Sucessão

  • Foto do escritor: Armando Lourenzo
    Armando Lourenzo
  • 8 de abr. de 2018
  • 2 min de leitura

Como mencionei no artigo anterior a sucessão é sem dúvida o maior desafio para as empresas familiares, sobretudo quando o ambiente familiar é conflituoso. O primeiro passo é fazer um plano que deve contar com a reflexão dos seguintes pontos:

  • Preparação adequada dos sucessores.

  • Administração de conflitos familiares.

  • Descentralização do poder.

  • Planejamento da aposentadoria do fundador.

  • Programa de desligamento gradual do fundador.

  • Participação da família no processo.

  • Planejamento patrimonial.

  • Escolha do sucessor.

  • Desenvolvimento conjunto da visão estratégica.

  • Adequação de agentes influentes.

  • Planejamento estratégico para a família e a empresa.

  • O início do Planejamento deve começar o quanto antes e ser formalizado.

É muito importante o planejamento sucessório para que se possa ter um resultado favorável em relação à sucessão, muito embora o planejamento não possa ser tomado como uma ferramenta à prova de todos os problemas; na medida em que os de ordem comportamental são muitas vezes imprevisíveis.


Outra reflexão em relação ao resultado do planejamento da sucessão é que se por um lado ele não pode garantir um final bem-sucedido, por outro ele cria um clima mais propício para o bom encaminhamento do processo em razão de conseguir antever possíveis problemas e, com estes, as alternativas de solução.


Drucker (1), reafirma a importância da resolução do processo sucessório para que a firma possa continuar existindo e indica uma solução que pode ser colocada em prática para melhorar o percentual de sucesso nos processos sucessórios: confiar a decisão sobre a sucessão a uma pessoa de fora, que não pertença à família nem à empresa. Quando a discórdia entre os familiares não permitir a solução para a escolha do futuro dirigente na troca de comando, a necessidade da presença de um árbitro externo antes do aparecimento do conflito pode ser uma alternativa.


A transição do poder, encarada como um processo e não apenas como um evento, é lastreada em diversos componentes:

  • sucedido,

  • sucessor,

  • organização,

  • família,

  • mercado, e

  • comunidade.

Esses componentes formam a base de estudo para o projeto de sucessão a fim de que possam ser trabalhados e estudados visando o não-comprometimento do resultado para a sucessão.


No próximo artigo detalharei como cada componente mencionado ou agente influente pode impactar no planejamento da sucessão e a sua real transferência.


(1) DRUCKER, P. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira. Cap. 04, 1995 .


Armando Lourenzo é Doutor em Administração e Mestre em Recursos Humanos pela FEA/USP. Professor, Escritor e Palestrante.

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